Hoje o tempo me fez uma visita. Conversamos sobre as memórias. Relembramos doses de sentimentos. Amor. Dor. Coração disparou. A mente recordou. Destino acordou. Lembranças de escolhas. Rumos e caminhos. Mudanças. Passado rebobina.
Escuto o som do choro. O som das batidas. O som da voz. Das vozes. Quantas emoções passamos. Vimos momentos. Olhares. Encontros. Encontro de olhares. Voltas e reviravoltas. Lutas. Vimos à vida.
No fim da conversa, ri com o tempo. O único som naquele momento. Então ele partiu. Senti que este não foi o fim e sim o começo. E o tempo? Bom, ele é como o vento, não vimos mas sentimos quando ele aparece na brisa depois do sol raiar ou então o ouviremos bater no silêncio quando a lua chegar.
Boa mesmo foi a despedida. O tempo partiu e levou consigo o que se foi. O que já era. O que era, já se foi. O tempo levou. Levou tempo. Não para que pudesse acabar, mas para que eu pudesse respirar.
A casa não ficou vazia. Guardei comigo umas velharias para que o tempo possa sempre me visitar. A porta está sempre aberta. Ou melhor, as portas estarão sempre abertas para um novo ou velho tempo. E que por elas possa sempre passar. Já que a história nunca termina aqui. O término é na verdade um recomeço.
Henrique Lima
Amei o texto!
ResponderExcluirMuito obrigado!
ExcluirMuito obrigado!
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