As horas passam. Escrevo. Penso. O tempo corre. Escrevo. Choro. O sono não vem. Escrevo. Penso e choro. O silêncio da noite. Me sinto vazio. Sinto que de nada importo. O tempo corre. Mas nunca é tarde demais. Estou pensando sobre o dia. Choro por pensar que poderia ter sido diferente, mas, perdi a hora. Não é tarde para você. Mas será que não é tarde para mim? Escrevo o que não digo e lembro do seu olhar. Choro. Por favor, deixe que eu sinta a dor. Não se culpe, me culpe. Ninguém é culpado por amar. Mas me culpe pelo tempo, perdi a hora. Escreva. Escreva. Escreva. Eu vou ler. Continuo pensando. E estou pensando sobre nós. Escreva sobre a gente. Eu te amo. Por isso levante da cama mais um dia. Só hoje. Quero te ver. Eu sei que vou novamente dar as cartas mas não entrarei no jogo. Eu quero e quero muito, mas tenho medo. Tenho muito medo. Por favor, me entenda, o tempo me fez esquecer e recomeçar e não tenho a certeza se estou fazendo isso certo. Você se expressa e eu posso sentir isso. Mesmo que de longe, posso sentir sua dor. Está doendo aqui também. As horas tornam a passar e espero te ver nesse novo dia. Mesmo que de longe, meu sorriso só brilha ao te ver. Pode parecer banal, mas é do mais sincero e singelo amor. Eu te olho o quanto posso durante o tempo que tenho, pois na madrugada lembro do seu rosto. Lembro de sentir sua falta. Por isso escreva. Pense. Sinta. Chore. Eu te consolo. Não é tarde. Você é o motivo pelo qual escrevo. Mesmo que você me use como um papel rascunhado e depois me jogue no lixo, escreva. Eu vou ler. Assim não perco tanto tempo quanto já perdi. Escreva me dizendo se é a hora de partir ou se é a hora de agir. E se você não sabe, eu sei. Sei que me importo. Sei que quero. Sei que em você me sinto infinito no tempo.
Henrique Lima
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