Refrão da vida

  Acordei hoje sem pensar muito. Procurei pensar somente positivo. O dia estava bonito e não queria estragar isso. Levantei meio que sem rumo. É como se seu cérebro já estivesse habituado com uma rotina e quando você drasticamente muda os parâmetros, ele fica um pouco confuso. Nem me fale em confusão. Meu coração já está em greve e já nem posso controlar ao menos o que sinto, que dirá agora controlar o que penso. Mas procurei fazer uma coisa de cada vez e acabei não fazendo nada. Porém, precisava ocupar minha mente. Lembre-se: "Pense positivo". Ok. Saí. O dia estava lindo demais para ficar em casa. Decidi que preciso parar de planejar as coisas. Nada do que imaginei aconteceu. Nem me fale em imaginar, pois minha mente só tem espaço para este amor platônico. Então andei pelas ruas ouvindo música e viajando em meus devaneios. Não! Não pude evitar. Tornei a pensar. Mas desta vez procurei fazer daquilo uma dádiva. Nada de pensar negativamente.    Tirei um tempo para olh...

  Estava pensando sobre hoje e me senti cabisbaixo pelo menos metade do dia. Confesso que fiquei por você. Pensei nos dias seguintes e tenho certeza que serão incontáveis noites. Não que seja ruim, mas eu fico em busca de respostas para os meus próprios pensamentos. Vai ver é só coisa da minha cabeça mesmo. E voltando a pensar no dia, senti que ele foi marcado por um ritmo intrigante. E esse ritmo foi se alterando a medida que minhas emoções se afloravam. Era como se todos estivessem lá mas eu só enxergava você. A música, a dança, as pessoas. Nada é tão interessante quanto você. E eu ficava me perguntando o que todas aquelas pessoas pretendiam ali. Me perguntava o que eu pretendia ali. Não estava no clima, confesso mais uma vez, fiquei por você. E o que você pretendia estando ali? Teria que captar esses momentos e passar todo o fim de semana com sua imagem na cabeça. Tenho certeza que toda a batida e todo o som será revertido em um total silêncio. O ritmo cairá minuciosamente e...

  As horas passam. Escrevo. Penso. O tempo corre. Escrevo. Choro. O sono não vem. Escrevo. Penso e choro. O silêncio da noite. Me sinto vazio. Sinto que de nada importo. O tempo corre. Mas nunca é tarde demais. Estou pensando sobre o dia. Choro por pensar que poderia ter sido diferente, mas, perdi a hora. Não é tarde para você. Mas será que não é tarde para mim? Escrevo o que não digo e lembro do seu olhar. Choro. Por favor, deixe que eu sinta a dor. Não se culpe, me culpe. Ninguém é culpado por amar. Mas me culpe pelo tempo, perdi a hora. Escreva. Escreva. Escreva. Eu vou ler. Continuo pensando. E estou pensando sobre nós. Escreva sobre a gente. Eu te amo. Por isso levante da cama mais um dia. Só hoje. Quero te ver. Eu sei que vou novamente dar as cartas mas não entrarei no jogo. Eu quero e quero muito, mas tenho medo. Tenho muito medo. Por favor, me entenda, o tempo me fez esquecer e recomeçar e não tenho a certeza se estou fazendo isso certo. Você se expressa e eu posso senti...

  Eu posso escutar. Mesmo que vagamente, escuto sua voz. Um tom que não sei distinguir. Você repete e repete. Me chama para sair e eu tenho medo do que vou encontrar do outro lado. Angústia. Aqui é o inferno. Eu só queria abrir a porta e ter a certeza de que você está do outro lado me esperando de braços abertos. Como posso saber? Eu apenas escuto o seu vago som em meio ao silêncio e a tortura. Você pode abrir a porta por mim? Me espere. Pode me encontrar na entrada para que possamos seguir de mãos dadas? Me chame, por favor. Grite e me diga isto. Assim terei a certeza de que não é uma ilusão. É real. Posso ouvir e sentir. Meu coração bate forte. Respostas. Anseio te ver. Não se afaste. Sua voz está cada vez mais distante. Não posso te ouvir. Você pode me chamar? Henrique Lima